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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

UNIDADE - Tornando-se a um, com o outro e com todo mas sem abolir a multiplicidade


Somente dois ou mais podem tornar-se um. Quando se tornam um, eles deixam de ser dois, deixam de ser muitos ou continuam preservados nessa unidade, como dois e como muitos? Nesse processo de unificação, o um é inconcebível sem o dois. Consumado o processo, a unidade resultante é mais do que as unidades originais, pois a elas ainda faltava alguma coisa.

Portanto, o um se torna pleno através dos dois e do múltiplo. Nessa unidade o múltiplo não desaparece, contudo, já não é uma pura multiplicidade, agora é também uma unidade. Essas reflexões se fundam numa experiência humana universal, pois constantemente vivenciamos o múltiplo como uma unidade. Isso acontece, por exemplo, na família e em nossas viagens interiores.

Em nossa experiência, o múltiplo só se aproxima de nós quando se unifica em nós. Como ele se torna um em nós e conosco? Através do amor. O amor reúne o múltiplo em nós, tornando-o uma unidade, mas sem abolir a multiplicidade, pelo contrário. Apenas pelo amor o múltiplo pode permanecer como é. Através do amor ele preserva, de um modo especial, a sua primitiva unidade.

O que é esse modo especial que permite a cada um de nós sentir realmente a própria individualidade como uma unidade? É o amor, aqui num duplo movimento: no amor que vem ao nosso encontro e nos ama como somos e no amor que levamos aos outros, amando-os como eles são.

Duas ou mais unidades tornam-se uma através do amor. Por meio dele, elas podem ser diferentes.

Assim acontece também com a unidade mística que, às vezes, vivenciamos inesperadamente e, nossa vida. Interiormente centrados em nós, sentimo-nos então, de repente, em profunda união com tudo.


Bert Hellinger
Criador das Constelações Familiar

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